Eventualmente, empresários baianos se destacam
investindo no mercado do Sudeste. Os Supermercados Disco, rede fundada
pelo poeta Augusto Frederico Schmidt e que eu pude conhecer nos anos 70 e
80 - minha família fez várias compras lá - , chegou a ser adquirida
pelo grupo baiano Paes Mendonça (atualmente investindo no Salvador
Shopping, que eu frequentava muito nos meus últimos momentos vivendo em
Salvador), que depois vendeu o antigo patrimônio do Disco para a Sendas,
que fez franquia com o Grupo Pão de Açúcar, criando as filiais dos
Supermercados Extra no Estado do RJ.
A AKY Discos também tentou criar mercado no Rio de Janeiro, mas não
deu certo. A axé-music, verdadeira instituição mercantilista, por se
achar "dona do país" não abre mão de firmar mercado no Sudeste.
Recentemente, a rede de eletrodomésticos Insinuante foi uma experiência
bem-sucedida dos baianos no Sudeste, depois com tais filiais compradas por uma rede concorrente. Eu mesmo não cansava de passar na
frente da Insinuante da Rua da Conceição, no centro niteroiense, a mesma
rede de lojas que instalou uma mega-filial no bairro do Resgate, em
Salvador, onde morei anos antes.
A Empresa de Transportes Joevanza administrou
a Viação Coletivos Progresso Boassu, ou simplesmente Boassu,
responsável pela linha "Porto do Rosa X Niterói", atual 422M. A
administração teria ocorrido durante a década de 1970. A
Joevanza, fundada pelo empresário João Evangelista de Souza (a sigla
aproveita os trechos "Jo", de João, "Evan", de Evangelista, mas assimila
a parte final da palavra Souza, "Za"), encabeça um grupo empresarial nas
cidades de Salvador, Simões Filho e Camaçari na Bahia.
São dois vestígios que comprovam a participação da Joevanza, como se
vê nas primeiras fotos. O estilo de desenho e o logotipo parecidos,
entre a Boassu e a Joevanza, e o fato da Boassu ter tido pelo menos um
carro do modelo Aratu Natus. A indústria Carrocerias Aratu já foi
sediada no Rio de Janeiro, sob os nomes de Bons Amigos e IASA, mas o
governo Antônio Carlos Magalhães convidou os empresários da IASA a mudar
a sede e rebatizaram-na de Aratu. A Aratu normalmente se dedicava aos
ônibus baianos, mas a Boassu adquiriu um exemplar (não me lembro se
houve outros) para sua frota, talvez por repasse da Joevanza. Vi a
Boassu com esta carroceria em Niterói, porque morava no Barreto, mas
guardo poucas lembranças dele.
Aqui temos as fotos relacionadas a este tópico:
FOTO 01 - Boassu com Marcopolo Veneza 1972, que, apesar do modelo, não foi
reaproveitado pela Viação Mauá assim que esta adquiriu a empresa.
FOTO 02 - Boassu com Aratu Natus. Foto de Rafael Fernandes de Avellar.
FOTO 03 - Joevanza com Aratu Natus, no terminal da Barroquinha, em Salvador. Foto de Mário Custódio, busólogo paulista em visita à capital baiana.
FOTO 04 - Joevanza com CAIO Bela Vista 1973, vulgo "máscara negra".
FOTO 05 - CAIO Amélia 1984, ex-Colúmbia.
FOTO 06 - Condor 1982, ex-Colúmbia.
FOTO 07 - Marcopolo Torino GV, que era da empresa carioca Verdun e
depois da soteropolitana Fonte Nova (extinta), do Grupo Breda.
FOTO 08 - Joevanza com Ciferal Citmax 2006, na Av. Tancredo Neves,
Iguatemi, servindo a linha 1126 Doron / Barra R2, com bandeira digital.
Foto tirada por mim, num dos últimos meses em que morei em Salvador.
FOTO 09 - Joevanza com Marcopolo Torino 2007, tirada pelo busólogo baiano Felipe Pessoa de Albuquerque.
FOTO 10 - Joevanza com Marcopolo Torino 2007, lote de 2013, tirada no pátio da Ciferal em Xerém, na Baixada Fluminense, pelo busólogo carioca Roberto Marinho de Souza, do Ônibus Expresso.
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